segunda-feira, 31 de maio de 2010

Quebrando a sapatilha

Então você escolheu a sua sapatilha de ponta de modo que ela fique mais "confortável " no pé e minimize os machucados, você chega em casa e prende a fita e o elástico do modo que você mais gosta ou o que a professora sugeriu.
Normalmente o elástico e colocado marcando-se um dedo para cada lado a partir da costura na parte de trás da sapatilha ( calcanhar ) ai você dobra o essa parte para a frente e vai ter o lugar exato de onde se deve pregar a fita. Algumas  bailarinas preferem colocar o elástico e a fita juntos, mais esse modo fica com o calcanhar solto. Ou ainda em X no peito do pé.
Algumas professoras não deixam suas alunas usarem nenhum tipo de proteção no primeiro par de sapatilha, outras permitem uma ou até duas ponteiras ( uma de espuma e uma de silicone)  para minimizar os ferimentos.
A ponteira de espuma na realidade é como se fosse uma meia dobrada varias vezes, e realmente não faz muito efeito, a de silicone já ajuda mais por tem uma base de quase 1 cm bem macia, as bailarinas teem que tomar cuidado com o pedicure, qualquer unha maiorzinha pode cortar a ponteira, temos também as ponteiras de gel ( muito caras )  e seu efeito não é muito bom, na hora que se coloca o gel fica na ponta, mas a partir da hora que você começa a fazer os movimentos o gel tende a subir e o dedo fica direto com o gesso. Algumas bailarinas ainda usam passar esparadrapo em cada dedo, ou usam dedeiras de silicone para minimizar os ferimentos.
 Seja qual for a sua escolha, quando for comprar a sua sapatilha de ponta e bem legal que a bailarina já experimente com a proteção que está acostumada a usar, para que a sapatilha não fique muito apertada na hora de usar, ou depois quando "quebrar" não fique muito larga.
A sapatilha de ponta não pode ser comprada no tamanho maior ( para que dure mais tempo ) isso prejudica o desempenho da bailarina, geralmente sabemos que  a sapatilha está no tamanho adequado quando conseguimos pegar a costura do calcanhar encontrando os dedos , mas com o passar do tempo cada bailarina vai definir o tamanho exato, umas gostam mesmo que esteja bem apertada,quase não entrando no pé, mas ai é uma questão de gosto, uma questão de se sentir bem com a sapatilha como complemento e não um mero par de sapatos.
A vida da sua sapatilha vai também depender de você,  se comprar uma ponta mole demais, quando subir ela vai  amolecer ficar "gostosa"  de usar e você vai precisar de uma nova logo, porque ela não vai dar a firmeza necessária para  você por muito mais tempo, as vezes o cetim nem danifica de tão rápido que acontece.
Por outro lado uma sapatilha com a "alma" dura, pode demorar muito tempo para quebrar, judiando da bailarina e quando a bailarina estiver acostumada e a sapatilha gostosa de usar, sem provocar ferimentos o cetim já se foi.
O ideal e experimentar varios modelos na hora da compra, até achar a ideal para o seu pé, a professora pode  até indicar a que ela ache mais apropriada para cada bailarina, mas do meu ponto de vista, cada bailarina é que vai saber, na hora de experimentar, qual se adaptou melhor ao seu pé, a vendedora também pode e deve ajudar...... por isso ela deve ser treinada para ajudar as mais inexperientes, conhecendo todos os modelos. 
Além da sapatilha poder ser dura ou mole, ela ainda conta com as tais "Gáspeas" que podem ser  alta e baixa, para quem tem  pouco ou muito colo de pé, e que  faz toda diferença se a bailarina comprar a errada. Porque ela pode jogar o pé pra frente ( ou não ) prejudicando o seu desempenho, porque não vai deixar você achar seu eixo.
Tem ainda ponta quadrada, arredondada, com proteção de couro eou sem, então não tenha vergonha de passar a tarde experimentando a sapatilha até achar a que te faz feliz.
A vida da sapatilha de ponta vai depender muito de cada bailarina, do tempo que ela passa ensaiando, do cuidado que ela tem quando tira a sapatilha do pé.
Voce sabia que a sapatilha de ponta jamais deve ficar em sacos plásticos ou mesmo nas bolsinhas porta sapatilha dcom plastico transparente que achamos por ai, ela amolece o geso e minimiza a vida da sapatilha. O ideal seria após usar  sua sapatilha de ponta coloca-la no sol pra ela secar bem o gesso, ou deixar em algum lugar ventilado.  NUNCA lave a sua sapatilha, isto tambem amolece o gesso, se muito necessário podemos passar um pano unido ou aquelas espumas de limpeza, muito rapido e deixar no sol forte, da uma revivida, mas não deve ser muito repetido esse processo.
Quanto ao "quebrar" a sapatilha, o ideal é que seja feito no pé da bailarina para que ela molde e fique ajustada ao pé, no entanto temos professoras que fazem esse processo na barra, minimizando o trabalho da bailarina, hoje em dia ja temos sapatilhas "quebradas" que são muito boas ( como a partner BOX  ou a partner MUCHILAN), mas tem vida mais curta, se for usar todos os dias melhor uma mais forte mesmo, não uma pré-quebrada.
A sa´patilha de ponta é o sonho de toda menina então não faça disso um drama, sinta-se feliz em ver seus pés doendo, imagine-se num TUTU dançando um solo ou quem sabe um pas-de-deux lindo que a dor passa rapidinho



Cia da Dança
Rua São José 43 lj 5
Centro - Taubaté - São Paulo



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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Porque não se modernizaram as sapatilhas de ponta?

Vamos por assim dizer....não temos tantas pessoas que usam sapatilhas de ponta , enquanto atletas usam tenis todos os dias e trocam com muita frequencia, então o interesse é por aqueles que te dão um retorno rápido......
Vamos falar um pouco a respeito do porque os pés das bailarinas sofrem tanto.
Quando a bailarina classica salta, gira, dança enfim nas pontas, ela  força o tornozelo e pés  danificando-os, o que não acontece aos bailarinos do moderno, esses danos são claramente o resultado do trabalho de ponta.
A maioria dos teatros do mundo não foi construído para dança, mas para ópera ou drama. Muito poucos possuem chão de madeira com molas, como seria o ideal, para amortizar os saltos. Ao invés disso eles freqüentemente tem a madeira colocada diretamente sobre o concreto. Saltar em tais palcos é doloroso e traumático, além de muitas vezes ser barulhento também.
Tradicionalmente os materiais usados pelos sapateiros precisam ser espessos e duros, para proporcionar um bom suporte, mas o barulho alto das sapatilhas em contato com o palco sem amortecimento minimiza a ilusão de graça para a qual a bailarina se esforça tanto.
Quando uma bailarina interpreta um  papel, ela está normalmente representando uma criatura sobrenatural, como as Sylphides em Les Sylphides, as Willis em Giselle, as donzelas transformadas em cisnes no Lago dos Cisnes, as Fadas em A Bela Adormecida, as Sombras em La Bayadère, etc..... A mulher sobrenatural é o símbolo da beleza, natureza, amor e imortalidade procurada pelos artistas.  Sapatilhas barulhentas fazem com que a bailarina pareça pesada, enfraquecendo a apresentação tanto técnica como dramaticamente.
Por que levou tanto tempo para os materiais modernos serem usados nas sapatilhas? Porque o ballet é uma arte e seu lado “esportivo” fica omitido. Nossa sociedade glorifica o jogador de futebol, o qual a respiração ofegante e o suor denota sua ousadia, mas a bailarina precisa esconder seus esforços debaixo de um sorriso sereno e radiante. Diferentemente dos heróis dos esportes, a bailarina faz tudo parecer fácil. Nós esquecemos que os atletas usam equipamentos, e através de melhorias nos projetos e materiais eles criam padrões técnicos. As sapatilhas precisam sofrer esse processo, para se atualizarem.
Nós sabemos que grandes bailarinas usaram "qualquer" que fosse as sapatilhas de seus dias, fazendo, talvez, sua própria modificação nelas,a fim de equiparar-se a quem fosse o grande bailarino em destaque na época, freqüentemente modificavam suas próprias sapatilhas. Assim, todos estariam usando a mais nova sapatilha, tentando encontrar o novo padrão técnico. Com tais melhorias, as gerações subseqüentes iriam, por sua vez, alcançar façanhas muito maiores.
Na minha opiniao, se uma empresa grande como a NIKE, REBOOK ou ADIDAS resolvesse desenvolver sapatilhas de ponta, certamente ja teriamos pequenos amortecedores nas pontas....assim como temos nas solas dos tenis.
A sapatilha que mais se aproxima de ser uma perfeita é a Ganyor Minden   confira no site   
 
http://www.dancer.com/gmpointe.php


 
A sapatilha de ponta






A sapatilha de ponta coberta com  cetim,  cobre uma caixa de gesso onde se acomodam os dedos. A sola é fina e abrange apenas uma parte do fundo da sapatilha de ponta, de modo a permanecer imperceptível. A parte interna é coberta por um tecido fino, que contata diretamente o fundo do pé da bailarina.
Fita e elástico são usados para "prender" a sapatilha nos pés da bailarina.
Muitas hoje em dia ainda dançam sem a proteção de uma ponteira, seja essa de espuma, silicone ou gel.





Cada bailarina tem um pé único, incluindo formato dos dedos, flexibilidade e  força, porisso as fabricantes de sapatilhas de ponta fazem diversos modelos de sapatilha, visando ajudar a bailarina sentir-se mais confortavel, independente do modelo todas as sapatilhas de ponta tem dois pontos essenciais:
Na frente uma caixa dura que acomoda os  dedos da bailarina e uma plataforma quadrada sobre a qual a bailarina pode equilibrar-se.
E a "alma" ( palmilha ) que é feita de um material duro e fornece suporte para o arco do pé.


Cia da dança
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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Quando surgiram as sapatilhas de ponta?

A história das sapatilhas de ponta se mistura com a história da técnica do ballet clássico, elas evoluíram juntas, mas é raramente atribuído às sapatilhas de ponta o reconhecimento de impulsionar o desenvolvimento da técnica clássica . 
O Ballet foi introduzido na Corte da França no século XVI, pela princesa italiana Catarina de Medicis.
Os bailarinos se apresentavam mascarados e caracterizados de cortesãos, dançavam dentro da corte, a partir daí foram surgindo os grandes espetáculos e começou-se fazer a classificação do nome dos passos e posições básicas que são os mesmos que você faz todos os dias na aula.
O rei Luis XIV por volta de 1600 especialmente, amava dançar e estrelar as produções do ballet da corte. Quando ele se tornou muito velho e gordo para se apresentar, continuou a ser um dos maiores defensores da arte. Fundou então o Académie Royale de Danse, que mais tarde se tornou o Ballet da Ópera de Paris.
 Porém Ballet tratava-se de uma “atividade masculina”. A bailarina ainda não tinha entrado na essência. As mulheres não podiam participar do mesmo modo que homens por causa de suas roupas.Os homens vestiam colants, que davam a eles maior liberdade de movimento assim  eles poderiam saltar e realizar sequencias diferenciadas. As mulheres tinham que usar perucas pesadas e enormes vestidos, saias cheias, pesadas e sapatos com saltos, e  não esqueça, coletes apertados que limitavam a respiração e curvar-se então.....nem pensar.    Para piorar a situação, como as bailarinas tinham saído dos salões de baile dos palácios reais e estavam em uma etapa inicial nos teatros, as mulheres tinham que aguardar que fossem aprovadas pela sociedade de artistas.
Em torno de 1730 danse haute substituiu danse basse, os dançarinos foram para o ar, em lugar de só mudarem elegantemente de uma pose para outra, eles começaram a pular, saltar e arremessar-se. E as mulheres então começaram a rebelar-se contra suas fantasias restritivas. Marie Sallé literalmente deixou seu cabelo cair e fez roupas mais soltas para seu ballet D 'action. Sua rival, Marie Ann Cupis de Camargo tirou os saltos de seus sapatos, e escandalizou ao encurtar suas  saias para apresentar aqueles novos passos.
O século XVIII viu um notável crescimento das bailarinas e expansão do vocabulário de ballet  incluindo assim mais saltos e giros.
Marie Taglioni  freqüentemente recebe o crédito e a responsabilidade por ter sido a primeira a dançar na ponta.
Em 1832, Marie Taglioni dançou La Sylphide inteiro na ponta. Mas existiram dançarinos antes dela que subiram  nas pontas , DE SEUS DEDOS DO PÉ, e é até possível que Mme. Camargo tenha feito isso cem anos antes. Existem referências em jornal de várias bailarinas com "dedos do pé fantásticos" ou de "caindo de seus dedos". É até possível que Mme. Camargo tenha feito isso cem anos antes.
 Existem referências em jornal de várias bailarinas com "dedos do pé fantásticos" ou de "caindo de seus dedos".
Mas quem quer que seja realmente a primeira, foi Taglioni que abriu caminho para o desenvolvimento e a revolução da técnica do ballet, ,Transformou os dedos dos pés em dança, o que tinha sido meramente uma acrobacia e um tipo de truque de circo, se tornou meio de expressão artística, dramática, bem como, uma proeza técnica.
A bailarina está sempre representada como uma mulher que não está restrita à Terra, de tão delicada seria capaz de se equilibrar em uma flor. Taglioni , em seu longo tutu branco, completamente simples (se comparado com o ornamentado vestuário do século anterior) conseguia passar toda a pureza e virtude feminina. Quando subia nas pontas alcançava uma leveza etérea e uma graça de outro mundo.

Dançar nas pontas não foi apenas mais um feito, como o primeiro entrechat quatre, mas um meio de realçar o drama através da expansão do papel feminino.
Assim como o trabalho de pontas foi incluso, entre outros passos, a pirueta simples e o pique também foram. O alinhamento das bailarinas também era diferente. Elas eram menos verticais, menos alongadas, seu quadril era solto para trás e seu tronco ligeiramente para frente. Não eram “em cima dos pés” como os bailarinos de hoje.
Como elas poderiam ficar sem suporte em seus pés?
Taglioni calçava sapatilhas de cetim leve, que se ajustavam como luvas. Elas tinham sola de couro e cerziduras nas laterais e em baixo, não na ponta. A sapatilha de ponta, como nós sabemos, não evoluíram muito até os dias de hoje.
Pierina Legnani foi a primeira bailarina a realizar os famosos 32 fouettés nas pontas, causando enorme sensação.
Logo a seguir as bailarinas russas começaram a buscar a técnica de Legnani, mas logo perceberam que as frágeis sapatilhas que usavam não suportariam. Pediram aos seus sapateiros que criassem uma sapatilha mais dura.
Os italianos contribuíram para outra mudança  o encurtamento da saia, que mais tarde evoluiu para o tutu. Virginia Zucchi era uma grande e belíssima bailarina, ela se recusou a dançar com uma roupa que, em suas palavras, tinha sido feita para sua avó.
Petipa, como coreógrafo, fez grande uso deste novo “equipamento” para os pés. Fez múltiplas piruetas nas pontas, sustentações de balances, promenades e pulos nas pontas, eram todos obrigatórios para as bailarinas. (Um legítimo Grand Pas de Petipa exige todos esses passos, além de outros.)
Com o passar do tempo, exigia-se que a bailarina fizesse mais na ponta porque ela podia fazer mais. Quanto mais a coreografia exigia da bailarina, mais ela tinha que exigir de sua sapatilha. A palmilha se tornou mais dura, as caixas cada vez mais reforçadas e a plataforma ficou mais larga.
Agora, no século XXI, a bailarina tem que ser extremamente versátil. Ela precisa não somente dominar o trabalho de ponta dos Grand Pas de Petipa mas também a enorme variedade de desafios coreográficos que acumulou desde então. Pode-se exigir palmilhas quebradas, bons arcos de pé. Ou ainda, demandar extrema agilidade, leveza e flexibilidade, rolando de uma ponta para outra, como em ballets de Balanchine.
Seria impossível dançar ballets do século XX com sapatilhas do século XIX, e o oposto também é difícil.
Muito mais tarde o Royal Danish Ballet decidiu colocar algumas das piruetas e balances na ponta ao invés de na meia-ponta, as bailarinas tiveram um enorme problema: como conseguir uma sapatilha suave o bastante para os saltos, mas suficientemente forte para os balances e piruetas? Algumas resolveram o problema usando uma sapatilha suave em um pé e uma forte no outro. Elas saltavam com o lado suave e faziam as piruetas e balances com o lado forte.
Ainda hoje a maioria das sapatilhas de ponta é feita do mesmo material que foi usado nas sapatilhas de Pavlova. Embora as sapatilhas tenham evoluído, ficando mais duras e com uma caixa maior, seus materiais básicos de construção ainda são antiquados: Couro, aniagem, papel, cola e pequenos pregos. Isso cria um grande problema para as bailarinas de hoje. Uma sapatilha de ponta nova é excessivamente dura, porque a palmilha e a caixa são excessivamente fortes. Uma vez quebrada, permiti a articulação do pé realizar facilmente os saltos e subir na meia-ponta, normalmente dura pouquíssimo tempo.
O uso da sapatilha de ponta é mais doloroso do que precisa ser e nada é feito para minimizar o trauma. Na sua grande maioria  as Companhias de dança e os próprios bailarinos, não podem pagar por sapatilhas mais duráveis. Esse problema não pode ser solucionado com materiais e métodos de produção medievais, como ainda é feita a sapatilha de ponta.






Cia da Dança
Rua Sao José, 43 lj 5
Centro - Taubaté - São Paulo
tel  012 36336775

Cia da Dança, nem pequena nem grande.....mas do tamanho certo para atender você.

resposta

O preço de sapatilha de ponta vendida na nossa loja é de R$ 70,00 para as Capezio ( independente do modelo ) e R$ 110,00 ´para as milleniun ( tbm independente do modelo), ai temos as ponteiras de espuma a R$ 8,00 e as de silicone a R$ 30 reais da Capezio e R$ 50,00 as da  Spaço da Dança

terça-feira, 4 de maio de 2010